dizer que o azar nos tem batido à porta, colocando ainda mais
entraves quer no próprio plantel, quer nos treinos realizados, pois
quando se treina com 6 jogadores ou menos, torna-se difícil conseguir
um trabalho coletivo, quer nas lesões que já acometerem 3 dos nossos
jogadores, 2 dos quais com paragens prolongadas, o que num plantel já
por si curto, vai originar dificuldades extra no treino tático…e se a
isso juntar-mos alguma descrença por parte da equipa, temos uma ponta
final que vai ser muito difícil de conseguir ultrapassar, cabe-me
esse
trabalho, de levantar a moral e fazer com que os poucos presentes
deem
mais um bocadinho de si para tentar compensar estes problemas…
No que diz respeito ao jogo, essas questões vieram com certeza a
colocarem-se principalmente na 2ª parte, quando a componente física
já
estava no limite e não se tinha no banco mão de obra suficiente para
conseguir pelo menos equilibrar o jogo. A Equipa do Viseu 2001,
começou logo em pressão alta, conseguindo com isso enervar a nossa
equipa e colocar muitas dificuldades na saída desta pressão, que
alguns jogadores teimam em não dar linhas de passe por forma a
conseguir-se essa saída quer porque demoravam muito a chegar, quer
porque não o tentavam fazer ao primeiro toque como se era pedido!
Assim valeu a atitude defensiva que levou a que a equipa que jogava
fora tenta-se remates de longe, sendo essa a única forma de por em
sobressalto o nosso guarda-redes, no entanto numa tabela simples com
passe e remate de primeira, a equipa do Viseu coloca-se em vantagem
já
depois da metade do 1º tempo e com isso os nossos jogadores
esmoreceram um pouco, pois também na saída de contra-ataque estavam
muito lentos, continuando a privilegiar o transporte da bola em vez
de
a fazer rolar e rapidamente se deslocarem no espaço vazio, podendo-se
dizer que o resultado era inteiramente justo ao intervalo, pois
faltou
sempre poder de decisão na zona de finalização, apesar da boa
capacidade defensiva demonstrada.
No 2º tempo foi pedido mais espirito de luta e sacrifício, por forma
a
mudar o desenrolar do jogo, mas se bem se pensou, depressa se viu o
contrário, com a equipa do Viseu a ganhar sucessivamente as disputas
de bola, conseguindo numa deslocação lateral pela direita e com uma
atitude passiva do nosso defesa, marcar com um remate colocado o 2º
golo da equipa de laranja vestida, ainda estávamos nos 5m iniciais e
sem mais demoras pediu-se um tempo para por em prática o 2º modelo de
jogo que passava pela pressão alta também da nossa equipa, tentando
criar perdas de bola na defesa adversária, mas logicamente expondo
mais a nossa baliza aos contra-ataques rápidos, sendo que as
oportunidades agora eram mais repartidas, conseguindo então a equipa
da CBV reduzir a diferença, com um golo do Miguel, depois de uma boa
triangulação da equipa, enviando pouco depois uma bola á base do
poste
numa rotação e desvio do nosso pivot e mais uma vez, quando
estava-mos
a acreditar, numa perda de bola na nossa zona defensiva, originou um
remate frontal que coloca o Viseu 2001 com uma diferença de 2 golos e
uma maior calma na posse de bola baixando um pouco as linhas,
originado maiores dificuldades para a equipa de vermelho vestida
conseguir oportunidades, pelo contrário, com o jogo a aproximar-se do
fim e com a motivação do Viseu, a equipa da CBV já sem forças, com a
rotação dos jogadores menos usados e logicamente mais ansiosos,
desapareceu completamente do jogo, podendo dar-se o mérito todo ao GR
Fábio, para que a nossa equipa não saísse do pavilhão Inatel, vergada
a um resultado mais dilatado, sofrendo apenas o 4º golo já muito
perto
do apito final da dupla de arbitragem, que aliás usou de um critério
largo, que de todo não influenciou o resultado final.
Resultado justo, da equipa que mais lutou, mais jogou e mais correu,
notando-se uma evolução nos seus jogadores, baseada em 3 treinos
semanais e presenças assíduas nos jogos da equipa de séniores B deste
clube, ao contrário da nossa equipa, pelos motivos no início
descritos
e também pela ineficácia do seu treinador, sendo como não podia
deixar
de ser o principal culpado de não conseguir passar adequadamente a
mensagem desejada.
Sabemos que podemos fazer muito melhor, demonstramos isso por exemplo
no jogo da 1ª volta e cabe-nos acreditar, treinar e honrar a camisola
que vestimos, tenho a certeza que não estou a pedir a lua!? Ou
estarei?!
EQUIPA CBV: Fábio (GR - Juvenil), Miguel Ângelo, Francisco, Pedro
Carvalho e Rafa (Cap.), tendo jogado ainda o André Cunha, Bruno,
Gonçalo, Manuel e Lima.
Mister Hélder Lourenço Delegado: Alberto Rodrigues
Sem comentários:
Enviar um comentário